“A grande festa do todo-o-terreno em Portugal” ou “Uma prova dura em que a regularidade e a consistência são essenciais para um bom resultado” são epítetos associados, habitualmente, às bp Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira. Para além da dimensão desportiva, a prova reveste-se de uma componente social que leva empresas a investirem recursos para organizarem verdadeiras ações de “teambuilding”.
Mais do que procurar a melhor classificação na tabela após as 24 horas de prova, são muitas equipas que participam e se associam ao grande desafio de resistência TT em Portugal por causa da festa, pelo espírito que se vive em Fronteira durante quatro dias, ou para promover as relações entre trabalhadores e colaboradores de empresas. É o que acontece com a Momsteel e a PRF. As duas organizações empresariais competem nas bp Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira com equipas constituídas por funcionários seus.
O (bom) exemplo da Momsteel
Na Momsteel, a iniciativa já tem mais tempo e a equipa inscreve três carros, dois dos quais exclusivos a funcionários. Um é pilotado por mulheres e o outro é pilotado por uma formação constituída por homens.
Pedro Ortigão, um dos responsáveis pelo projeto Momsteel em Fronteira, explica como é que funciona o sistema que permite selecionar os pilotos a partir de um universo de 350 trabalhadores. “Quem tinha interesse, inscreveu-se e fizemos uma sessão de avaliação num kartódromo. Tivemos cerca de 40 candidaturas. Eu e a Lígia Albuquerque (mentora da equipa feminina) fizemos a seleção. Quem passou à segunda fase, participou num teste com o carro de todo-o-terreno, numa pista”, explicou. Com base na análise feita, constituíram duas equipas que estão a participar na 27ª edição das bp Ultimate 24 Horas TT Vila de Fronteira.
João Ferreira no papel de team manager da PRF
Já na PRF, um grupo de colaboradores mostrou interesse e, este ano, a estrutura há muitos anos envolvida na competição automóvel optou por inscrever uma Nissan Navara que já faz parte da mobília para que o desejo deste grupo de trabalhadores se concretizasse.
João Ferreira, piloto e team manager da equipa da PRF, disse que o princípio que levou à concretização desta participação está no facto de a empresa querer dar as melhores condições aos seus trabalhadores e, neste caso, contribuir para a concretização das suas pretensões que estão ligadas a uma modalidade em que a companhia está envolvida há tantos anos.