Integrado na formação de Bernard Boullet, Paulo Marques foi um dos pilotos que levou o Sadev Buggy à vitória na 15ª edição das 24 Horas TT Vodafone – Vila de Fronteira. A equipa francesa foi extremamente regular e comandou a prova desde a 13ª hora, dando 107 voltas ao circuito em 24h10m37,02s.
Em segundo lugar, a duas voltas do vencedor ficou Mário Andrade, que estreou o Proto AC. O português radicado em França tinha apostado na mesma equipa de 2011, com Carlos Sousa, mas não conseguiu repetir o triunfo do ano passado.
Impressionante foi a participação do Bowler Wildcat de Hervé Lhoste. O piloto francês ficou na terceira posição, a quatro voltas do primeiro, mas revelou um andamento muito constante, que lhe permitiu ascender na classificação desde o 36º posto da grelha, lugar do qual largou na partida.
Depois de vários “motards” já terem subido ao lugar mais alto do pódio nas 24 Horas TT Vodafone – Vila de Fronteira, agora foi a vez de Paulo Marques, e logo no dia em que comemora o seu 50º aniversário. “Conduzir um carro destes já era uma prenda. Foi nesse sentido que fiz o investimento. Vencer a prova foi a cereja no topo do bolo. Já fiz muita coisa na minha vida, mas nunca pensei ganhar as 24 Horas TT no dia em que faço 50 anos. Ainda por cima estava ao volante à meia-noite e foi nesse turno que passámos para a liderança”, realçou o vencedor.
No final, Mário Andrade não escondia a tristeza por ter falhado o triunfo na estreia competitiva do novo carro. “Perdemos a prova devido aos problemas com o aquecimento do vidro. Tivemos algumas complicações relacionadas com a juventude do carro, mas foi o sistema de desembaciamento do carro que nos impediu de ganhar. Precisávamos de uma prova deste género para testar. Queria que fosse em Paris porque tenho mais afeição por Fronteira. Mas não foi possível.”
Mais satisfeitos estavam os elementos da equipa de Hervé Lhoste porque o terceiro lugar foi o primeiro pódio da equipa, depois do quinto posto em 2010. “Foi uma recuperação fantástica, principalmente porque o carro não está ao nível dos protótipos. Este resultado deve-se à regularidade e à fiabilidade”, explicou Lhoste.
O Bowler Wildcat de Nicolas Gibon garantiu a quarta posição final, enquanto os vencedores da edição deste ano das 24 Horas de TT de França, comandados por Stéphane Barbry, em JMS Evo2, não foram além do quinto lugar.
A melhor equipa nacional acabou por ser a de César Sequeira depois de Rui Lopes e Alexandre Franco terem ocupado essa posição. A formação da Nissan Navara assumiu esses estatuto já durante a manhã, quando faltavam pouco mais de duas horas para o final da maratona.
No seio da formação portalegrense, eram poucos os que acreditavam num resultado semelhante e foram muitas as lágrimas de alegria no final. “Para estreia de todos os elementos, este foi um grande resultado. Nunca esperámos conseguir algo assim. Não tivemos quase problema nenhum, pelo menos que nos atrasasse muito. Acho que este feito se deve ao ritmo constante dos três elementos que pilotaram o carro”, disse César Sequeira em ambiente de festa.
Nas contas do Desafio Mazda, Rui Lopes venceu as 24 Horas TT Vodafone – Vila de Fronteira, mas quem fez a festa foi João Rato que, ao terminar na quarta posição, garantiu a vitória no troféu pelo segundo ano consecutivo.
O piloto de Portalegre queria terminar a maratona com uma classificação melhor do que o 39º da geral, quarto entre as Mazda, mas não o conseguiu e a festa foi feita pela conquista da competição. “A nossa participação na prova não foi dentro das expectativas mas fomos campeões, que era o nosso grande objetivo. Foi muito difícil, com alguns problemas que nos fizeram sofrer. Tenho de agradecer a toda a gente que me ajudou a vencer o Desafio Mazda pela segunda vez consecutiva”, concluiu João Rato.